Na tentativa de criar algumas estratégias de superação dos manicômios, a legislação brasileira instituiu serviços substitutivos, que devem ser inseridos na rede de saúde mental de cada município. Entre esses serviços, estão ações de Saúde Mental na atenção básica, leitos em hospitais gerais, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), residências terapêuticas e centros de cooperativa e convivência.
A residência terapêutica é uma moradia para ex-internos de hospitais psiquiátricos que não possuem mais vínculos familiares, ou para as quais esses vínculos são insuportáveis, e, por isso, não teriam onde morar. Segundo a psicóloga Cristiane Knijnik (CRP 05/39275), que trabalha com essas residências no município de Paracambi, não há um modelo padronizado, pois, em cada caso, uma nova forma pode ser criada. “As residências terapêuticas são inexplicáveis e é por isso que elas são bacanas. Elas são para isso mesmo, para inventarmos sempre uma nova maneira de morar”.